20-09-2023
A tertúlia “O Bairro de Alvalade para quem?” teve como ponto de partida os questionamentos da exposição “A cidade para quem? Quotidianos cicláveis nas ruas lisboetas do século XX” (Charlotte Seegers/Hi-BicLab), que esteve patente na Biblioteca dos Coruchéus até 8/9 e que inclui dois lugares do bairro de Alvalade nas suas fotografias do passado e do presente. Partindo desta questão, as pessoas que participaram do painel desta tertúlia, Rita Cachado (ISCTE), João Pedro Costa (FAUL), Ana Regedor (Roda dos Ventos) e Elisabete Santa-Bárbara (CML), discutiram sobre as especificidades dos modelos de urbanismo e de habitação do projecto dos anos 1940s do bairro de Alvadade, de Faria da Costa, e também o seu presente e possibilidades para o futuro em termos de mobilidade pedonal, acessibilidade por transportes públicos e mobilidade ciclável. Esta conversa foi mediada investigadora principal do projecto Hi-BicLab e investigadora do DCSA e do CIUHCT M. Luísa Sousa.
O evento contou ainda com um público composto por pessoas interessadas no tema da mobilidade urbana, na sua investigação e pessoas que moram no bairro de Alvalade, algumas das quais que fazem parte das primeiras gerações a habitarem as células do bairro.
Este evento é uma das diversas ações que o projecto Hi-BicLab tem desenvolvido como forma de tornar o conhecimento histórico acessível e legível para os públicos académicos e não académicos. Esta actividade teve como objectivo promover discussões públicas e reflexões sobre o bairro de Alvalade, como forma de alargar o repertório imaginativo sobre o futuro a partir do cruzamento dessas múltiplas narrativas do passado e do presente.
O Hi-BicLab (Laboratório de História para as Mobilidades Urbanas Sustentáveis: Políticas Cicláveis de Lisboa) é financiado por fundos nacionais pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, (EXPL/FER-HFC/0847/2021) e tem procurado promover uma compreensão colectiva e colaborativa do passado da mobilidade urbana (particularmente ciclável) de Lisboa e da possível utilização destes repertórios do passado para aguçarmos a capacidade imaginativa de pensarmos os presentes e os futuros da cidade.